top of page
Foto do escritorCacos

Com atrasos e superlotação, estudantes da UFRR cobram mais ônibus na frota para o campus Paricarana

Alunos relatam esperar até 1h em paradas de ônibus que também são alvo de reclamações.

"É uma jornada até a universidade. É ônibus lotado, que demora para passar e ainda por cima nesse calorão”. O relato é da estudante de agronomia do 10º semestre Brenda Ariana, de 27 anos. Ela, assim como outros acadêmicos, utilizam o transporte público para chegar até o campus Paricarana da Universidade Federal de Roraima (UFRR). As condições do transporte público -- e até das paradas -- são motivos de reclamação e o pedido é um só: que aumente a frota dos ônibus que passam na universidade.

Foto: Caíque Rodrigues

Ao todo, são três linhas de ônibus que cortam o campus. Além disso, há também o ônibus que passa pela avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, ao lado da universidade. Muitos estudantes – que moram na zona Oeste de Boa Vista, por exemplo – precisam pegar dois ônibus para chegar à universidade. Isso, somado aos atrasos e aos contratempos que surgem, os forçam a esperar no ponto com até uma hora de antecedência pelo transporte.


A reportagem foi até dois pontos de ônibus localizados no campus – um em frente ao Bloco I e outro em frente ao Centro de Ciências Humanas (CCH) – e conversou com estudantes que esperavam pelo transporte. Para eles, a solução seria que houvesse mais ônibus disponíveis.

Foto: Caíque Rodrigues

A Prefeitura de Boa Vista, responsável pela Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur) que administra a frota de ônibus, foi questionada pela reportagem se há planos para aumentar a frota e se os pontos de ônibus da universidade passarão por manutenção, mas não recebeu resposta até o momento da publicação.


Calor e Demora

Foto: Caíque Rodrigues

Núbia Félix tem 21 anos e é acadêmica de geologia do 4º semestre. Ela relata que no início do curso, quando as aulas começavam mais cedo pela manhã, precisava correr para pegar o ônibus que, de acordo com ela, "sempre atrasava". Agora, com as aulas começando mais tarde, ela não precisa se apressar, mas as queixas continuam.


"Hoje em dia, minha primeira aula começa às dez da manhã, o que me permite acordar um pouco mais tarde. Normalmente, me levanto às seis e meia, me arrumo e saio de casa por volta das oito, a fim de pegar o ônibus. A chegada ao campus costuma ocorrer por volta das 8h40, quase nove horas, e aproveito esse tempo para estudar antes das aulas", diz a estudante.

Foto: Caíque Rodrigues


Para ela, o que mais a incomoda é a irregularidade dos horários dos ônibus que afeta a todos e causa a superlotação dos veículos. Ela destaca a necessidade de mais veículos.


"O horário dos ônibus nem sempre é regular, e os veículos costumam ficar lotados, o que pode nos forçar a esperar pelo próximo ônibus e, consequentemente, atrasar nossa chegada em casa. Uma solução que vejo para esse problema seria mais ônibus e aqueles maiores, com mais espaço para os passageiros", diz.

Foto: Caíque Rodrigues

Kamylla Victoria tem 19 anos. Ela é acadêmica do curso de letras português e espanhol, está no 2º semestre e precisa pegar o ônibus diariamente para assistir às aulas, que são à noite. A estudante mora no bairro Asa Branca, na zona Oeste de Boa Vista e, por isso, precisa estar no ponto com uma hora de antecedência.


Entre as queixas, também destaca as condições dos pontos que sofrem com o vandalismo. No local em que ela costuma esperar havia um ar condicionado e, agora, só sobrou o buraco.


"Utilizar o transporte público é sempre ruim, dada a demora, especialmente nesta região. Anteriormente, havia uma central [de ar condicionado] na parada, mas essa 'mordomia' não existe mais, e enfrentamos além da demora, um calorão", diz.


"Se eu pudesse fazer um pedido relacionado à frota de ônibus, pediria mais ônibus para a minha linha e outras linhas semelhantes. Acredito que a prefeitura deveria considerar a climatização das paradas, pois, além da demora, poucos ônibus atendem a essa rota. Acredito que uma oferta mais ampla de transporte público beneficiaria a todos os passageiros", finaliza.

O trajeto de Brenda Ariana, acadêmica do 10º semestre de agronomia de 27 anos, é diferente. Ela chega até o campus Paricarana para que, assim, possa pegar outro ônibus até o campus Cauamé, na zona Rural de Boa Vista, onde as aulas são ministradas. Tudo isso resulta em uma "correria" para a estudante, que mora no bairro Aracelis, zona Oeste.


"É complicado, pois se perdermos o ônibus, perdemos um dia de aula. Eu preciso acordar às 6 horas e estar no ponto às 6h30 para ir às aulas. Saindo de casa às 6h30, só chego às 8h [no campus Cauamé]. O ônibus sai do terminal às 7h20, então precisamos estar lá antes deste horário, caso contrário, perdemos o ônibus", diz a jovem.


"A ideia é ter mais opções de ônibus e horários disponíveis para evitar atrasos. É complicado sair tão cedo, às 6h30, e esperar até às 9h. Além disso, o ônibus fica lotado, e eles só acrescentaram 20 minutos a mais de intervalo. Se o meu ônibus atrasar, perco o horário. É uma situação difícil".

Foto: Caíque Rodrigues

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) também foi procurada, mas não respondeu até o momento da publicação.


Por Caíque Rodrigues



50 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commenti


bottom of page