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Rayane Lima

Programa de Iniciação à Docência monta oficinas para incentivar a formação de graduandos de história

Três oficinas foram desenvolvidas com os graduandos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) em três escolas da rede pública


Em parceria com o Laboratório de Ensino de História e Humanidades Digitais (LABEHD), os alunos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) desenvolveram três oficinas com o objetivo de incentivar a formação dos graduandos em história. As oficinas pretenderam incentivar uma troca de experiências entre os acadêmicos estagiários e os alunos da rede de ensino.


Segundo a professora coordenadora do PIBID, Marcella Albaine, 24 alunos bolsistas fazem parte do projeto, junto com três professoras supervisoras das oficinas. "Nós tentamos trabalhar de uma forma não hierarquizada entre escola e universidade, entendemos que tanto a universidade e a escola são espaços legítimos de troca de saberes"


O PIBID faz parte do LABEHD e é um programa de bolsas de estudo para alunos de licenciatura. As bolsas são pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) O aluno bolsista, Davy Batista explica um pouco sobre o que são o PIBID e o LABEHD.



Conheça a seguir as três oficinas e os projetos a elas vinculados.


Mulheres Que Fazem História Mas Não Estão Nos Livros De História

O objetivo do projeto é dar visibilidade às mulheres e inserir o protagonismo feminino dentro da sala de aula. A oficina é realizada por seis bolsistas do PIBID, com turmas de 7° ano da Escola Estadual São José.


A supervisora da oficina, Hstéffany Muniz, conta que dentro do conteúdo programado da disciplina, o papel da mulher é inserido na aula.


"Quando nós falamos de idade média, falamos também dentro do conteúdo qual o papel da mulher dentro dessa sociedade. Se eu vou falar de expansão marítima, onde estavam as mulheres dentro desse processo ", citou a professora.

Além dessa metodologia, os alunos também levaram o protagonismo da própria família para dentro da sala de aula. "Cada aluno observa dentro da família as mulheres e, dentre essas mulheres, ele escolhia uma para falar sobre ela na escola, e então ela se torna o objeto de estudo do aluno", completou.


A dinâmica foi dividida em quatro etapas. Primeiro os alunos escreveram uma carta para a mulher protagonista. Na segunda etapa foi feita uma entrevista, na terceira outra carta foi escrita e, por fim, os alunos escreveram um texto sobre a trajetória da mulher escolhida


"O texto vai compor o nosso e-book que vai ser lançado em novembro, na culminância do projeto, então os alunos eles são protagonistas desde o primeiro momento do projeto, ele só acontece por causa dos alunos", completou Hstéffany.



Minha Maloca, Minha História: Educação Patrimonial


O objetivo da oficina é fazer com que os alunos tenham uma percepção mais ampla do que é patrimônio e o que ele representa para a história de Roraima. A oficina é feita com as turmas de 9º ano do Colegio Militarizado Professora Conceição da Costa e Silva. Oitos alunos bolsistas do PIBID fazem parte da iniciativa.


De acordo com a professora supervisora da disciplina, Cleicy Souza, o projeto inicialmente foi dividido em duas partes.


"A dinâmica que criamos para trabalhar esse tema é através de oficinas que são construídas durante as aulas e períodos letivos da própria escola e alunos", contou a professora.


Primeiramente foi explicado aos alunos o conceito de patrimônio e como ele está presente no dia a dia deles. Já na segunda fase, os alunos, junto com os bolsistas da oficina desenvolveram jogos de tabuleiro com a temática de patrimônio, que serão usados nas aulas de história de Roraima.


Semanalmente os graduandos desenvolvem com os alunos atividades como desenhos dos elementos, identidade visual e criação de personagens e da narrativa de cada jogo


"A importância da valorização desta temática é fundamental, porque se percebe a falta de conhecimento da História Local e pouca valorização dos estudantes referente aos patrimônios locais de Roraima. Este é um projeto muito bonito que vem sendo trabalhado com muito zelo por toda equipe, juntamente com os alunos", disse Cleicy sobre a oficina.



Leituras Da Resistência: O Olhar Sobre As Pessoas Indígenas


O objetivo é levar a temática indígena para dentro da sala de aula e apresentar as diversidades culturais presentes no estado de Roraima para os alunos. A oficina foi realizada com os alunos da turma de Ensino Médio do Colégio de Aplicação da UFRR, e oito graduandos fizeram parte.


A supervisora da disciplina, Adriana Santos, conta que a oficina começou a ser desenvolvida no primeiro semestre de 2023, e foi dividida em três etapas. Na primeira etapa foi realizada uma pesquisa para entender qual a visão dos alunos sobre as pessoas indígenas.


Na segunda etapa, houve uma aula dialogal sobre a diversidade sociocultural, as formas de luta e as violações dos direitos dos povos indígenas. Na terceira etapa foram produzidos textos sobre os povos indígenas. E desenhos sobre a luta e a resistência dos povos originários também foram feitos.


As obras do artista e ativista Jaider Esbell, da etnia Macuxi, foram a inspiração dos alunos para as produções dos desenhos. Jaider morreu no dia 2 de novembro de 2021, e teve suas obras expostas na Bienal de São Paulo, na Europa e a mais recente no Teatro Amazonas.


"No segundo semestre estamos trabalhando com narrativas sobre a África e realizando entrevista com africanos e especialistas com o objetivo de produzir um material audiovisual para fins didáticos", comentou a professora Adriana sobre os planos futuros da disciplina.


Por Rayane Lima e João Gabriel

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